Cálculo Renal (“Pedra no Rim”)

Cerca de 12% da população irá apresentar ao longo da vida no mínimo um episódio de sintomas associado à cálculo renal.

A relação homem/mulher é de quatro homens para cada mulher afetada, predominando na faixa etária dos 30 a 50 anos.

Quais fatores são importantes na formação das pedras de rim?

A história genética é importante fator de risco para a formação de cálculos. Igualmente importante é a dieta.

A ingestão excessiva de alguns alimentos pode provocar, ou acelerar, distúrbios pré-existentes no nosso organismo propiciando o desequilíbrio químico necessário para a formação destes cálculos.

Denominado super saturação urinária (situação em que há excesso de um ou mais elementos que compõem a urina facilitando a sua precipitação) e diminuição dos inibidores urinários (substâncias existentes cuja função é impedir a cristalização de urinas super saturadas).

Fatores geográficos também contribuem para o aparecimento de cálculos, sendo as áreas de temperaturas elevadas e com grande umidade mais predisponentes à formação de pedras, sendo observados muitos casos durante os meses quentes de verão devido ao maior grau de desidratação.

O que pode ocorrer com um cálculo localizado no rim?

Os cálculos formados no rim podem ter 3 caminhos a seguir:

  1. Estabilidade: Muitos cálculos permanecem por muitos anos sem migração ou crescimento.
  2. Aumento de tamanho
  3. Eliminação: o cálculo se desprende do rim e desce pelo ureter (tubo que drena a urina do rim para a bexiga). Nessa ocasião, a pessoa apresenta cólica de rim, que é uma dor de forte intensidade na região lombar.

Há riscos para o rim?

SIM. Além da dor característica, os cálculos podem predispor ao surgimento de infecções urinárias de repetição, pielonefrite, piora progressiva da função dos rins e mesmo insuficiência renal.

Como posso prevenir a formação dos cálculos renais?

O conselho médico para pessoas que tem cálculos urinários é o de beber 2-3 litros de água por dia e evitar ingestão em excesso de sal e proteína animal, principalmente a da carne vermelha.

Confira abaixo as orientações para prevenir pedras nos rins:

  • Sódio: sal de cozinha deve ser restringido para aproximadamente 1 colher de chá por dia.
  • Proteínas: principalmente as de origem animal (carnes, peixes , aves, ovos, leite e derivados) apresentam um efeito agravante quanto à formação dos cálculos.
  • Cálcio: o aumento de sua ingestão só deve ser controlado, em casos confirmados de pacientes com alta sensibilidade à ingestão de leite e derivados
  • Ingestão de Líquidos: o aumento da ingestão de líquidos é provavelmente a orientação mais importante que deve ser dada para estes pacientes, pois somente esta medida sem a ação de medicamentos pode reduzir em 60% a incidência destes cálculos.

Modernidades no Tratamento dos Cálculos Renais

O tratamento dos cálculos renais pode ser realizado por 5 tipos de abordagens, dependente da localização, tamanho e tipo do cálculo.

  1. Litotripsia extracorpórea por ondas de choque: nesse procedimento, não há cortes ou incisões. O paciente recebe ondas de choque que se difundem pelo corpo e concentram sobre o cálculo, fragmentando-o. Indicado principalmente para calculus renais menores que 2 cm.
  2. Cirurgia percutânea: nessa cirurgia realizamos pequenas perfurações na região lombar para acessar o cálculo (em geral cálculos maiores que 2cm ou coraliformes) no interior dos rins. Por meio desses pequenos orifícios realizamos a fragmentação e remoção da pedra.
  3. Ureterolitotripsia endoscópica: nesse procedimento utilizamos um aparelho endoscópico, com uma câmera que permite visualizar o interior da bexiga e do ureter. Esse aparelho é introduzido pelo canal da urina (uretra). Assim, não há necessidade de cortes ou incisões. Por meio desse aparelho remove-se os cálculos do interior do ureter. Pode-se utilizar diferentes fontes de energia para fragmentação do cálculo (balística, ultrassônica ou laser)
  4. Cirurgia videolaparoscópica: em determinados casos, pode-se valer das vantagens da laparoscopia para retirada de cálculos.
  5. Cirurgia convencional: em alguns casos especiais (grandes e complexos cálculos) há necessidade realizar cirurgia tradicional com incisão mais ampla e abertura do rim ou pelve renal para remoção direta dos cálculos.

As pedras muito pequenas (microcálculos), quando não obstrutivas e assintomáticas, podem ser acompanhadas.

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