Disfunção Erétil (Impotência Sexual)

A disfunção erétil, também conhecida como impotência sexual, é a incapacidade de se obter ou manter uma ereção peniana adequada para que ocorra a penetração vaginal. É um distúrbio orgânico comum que afeta de maneira importante muitos homens e suas parceiras (1,9% dos homens com 25 anos, 39% dos que se encontram na faixa dos 40 anos e ultrapassa os 50% dos que já atingiram os 70 anos de idade).

Quais as possíveis causas da impotência?

A disfunção erétil pode ser dividida em seis categorias, de acordo com sua causa principal:

  • Psicogênica: de origem emocional (associado a nervosismo, ansiedade e estresse)
  • Hormonal: quando há desequilíbrios hormonais. Por exemplo: níveis elevados de prolactina (hormônio produzido na hipófise, situada no cérebro e relacionado com a produção de leite na mulher) e níveis baixos de testosterona (hormônio sexual masculino).
  • Neurogênica: devido a distúrbio do sistema nervoso central ou nervos periféricos. Por exemplo: alcoolismo, diabetes, trauma raquimedular e esclerose múltipla.
  • Arterial: quando o problema está nas artérias que irrigam o pênis. Por exemplo: arterioesclerose, traumatismo pélvico.
  • Disfunção veno-oclusiva (cavernosa): quando o problema está no sistema venoso de drenagem sanguínea do pênis. Por exemplo: trombose da veia peniana.
  • Farmacológica: em decorrência do uso de substâncias medicamentosas, como: diuréticos, tranquilizantes, anti-hipertensivos, antidepressivos, corticosteróides, estrógeno, progesterona, tabaco, anfetaminas, opiáceos e cocaína.

Há solução para o meu problema?

A avaliação por Urologista é fundamental na identificação dos fatores envolvidos, oferecendo orientações especializadas e instituindo o tratamento mais apropriado para cada caso.

Como melhorar meu desempenho sexual?

O tratamento da disfunção erétil deve buscar o combate aos fatores desencadeantes, com controle de fatores como:

  • hipertensão, dislipidemia e diabetes;
  • combate ao tabagismo e etilismo;
  • redução do sedentarismo;
  • correção de alterações hormonais detectadas;
  • controle das psicopatias associadas.

Além das medidas descritas, o tratamento pode necessitar de condutas adicionais.

Em geral, 3 etapas de tratamento são disponíveis, passando adiante conforme houver necessidade, pois tornam-se mais complexas e invasivas:

  • Tratamento medicamentoso via oral:

Os inibidores da 5-fosfodiesterase, inicialmente representados pelo Sildenafil (Viagra) são medicamentos que revolucionaram a andrologia, possibilitando a reabilitaçao de inúmeros homens com disfunção erétil, com taxa de sucesso de até 75% dos casos.

Hoje em dia, estão disponíveis outros agentes (tadalafila, vardenafila) com diferentes posologias, cada qual deverá ser ajustada conforme o perfil de cada paciente

Em geral deve ser administrada 1-2 horas antes do início do estímulo sexual.

A contra-indicação absoluta ao uso desses medicamentos são cardiopatas em uso de vasodilatadores do tipo nitratos.

  • Auto-injeção intracavernosa de drogas vasoativas:

Papaverina – atualmente sua utilização isolada foi abolida devido às complicações que pode causar, sendo a mais temível a fibrose dos corpos cavernosos ou o priapismo, levando a uma lesão irreversível do órgão eretor.

Prostaglandina E1 (PGE1) – bastante eficiente, com sucesso em 79% dos casos, independentemente da causa que levou à disfunção sexual. O efeito colateral mais importante é a dor no local da aplicação e que ocorre em 40% dos pacientes.

Associação da PGE1, fentolamina e papaverina – permite a utilização de doses muito pequenas de cada droga, com sucesso superior a 95% dos casos de impotência de qualquer etiologia. É praticamente isenta de efeitos colaterais e não causa dor peniana. Raramente ocasiona priapismo.

  • Implante de prótese peniana

Cirurgia com colocação de dispositivo externo dentro do corpo cavernoso do pênis, podendo ser de 2 tipos:

    • semi-rígidas 98% de sucesso (a mais usada no Brasil)
    • infláveis 97% de sucesso (alto custo).

A complicação mais importante do uso de próteses é a infecção, que pode ocorrer em 3 – 10% dos casos, sendo mais temida nos casos de diabéticos.

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